id-bairro
Projeto internacional de arte urbana de longa duração, com vasta trajetória implicada com criatividade social, ação coletiva e práticas artísticas no contexto espanhol, realizou sua primeira inserção no Brasil em outubro de 2010, propondo a atuação em rede como uma plataforma de aproximação entre instituições, agentes locais e extra-locais para operar culturas de proximidade. O id-bairro SP#02 se configura como práticas performativas do espaço público por meio de ações artísticas - realização de percursos fotográficos, videográficos, intervenções urbanas e deambulações que buscam mapear, articular e promover o intercâmbio multicultural e a participação da população em torno do patrimônio cultural do bairro do Bom Retiro, tendo como foco as relações interculturais e dinâmicas locais.

Uma iniciativa de Ramom Parramom com curadoria de Lilian Amaral.


sábado, 30 de julho de 2011

História de Potossi


História boliviana
Contada por: Rosário


Vou lhes contar a história de Potosi.
Quando chegaram os príncipes e os reis, eles chegaram com gente demais e nós os bolivianos éramos campesinos, não conhecíamos outro mundo. Então, eles chegaram do primeiro mundo pro terceiro mundo, como chamam, e viram que tínhamos tanta riqueza que se aproveitaram dela. Começaram a fazer minas, maquinários, levaram o ouro. Nós tínhamos tanto, mas tanto ouro que poderíamos fazer uma ponte daqui até Madrid, na Espanha.
Posso dizer-lhes por que li e conheci a história, de que a Bolívia poderia ser atualmente primeiro mundo, porém lamentavelmente não tivemos as máquinas, os recursos para produzir o produto. Atualmente nos seguem retirando o bruto e retornam ao nosso país com os moveis já feitos e demais coisas.
Potosi era uma cidade tranqüila quando chegaram os espanhóis. Chegaram e se instalaram, porém fazia tanto frio em Potosi. No meio da cidade passava uma linha que a dividia, e foi tanta a ousadia deles que partiram em dois Potosi. A nós bolivianos, nos proibiram cruzar a cidade e nos deixaram de um lado. Como fazia tanto frio, foram viver em Sucre, porque Sucre está a três horas de Potosi e atualmente está em castigo de “la glorieta” .
Foi aí que os reis e demais vinham a Potosi trabalhar ali e levaram tanto ouro. E eu convido as pessoas a conhecer a Casa da Moeda, o Cerro de Potosi, o convento das carmelitas. O convento é um claustro total, onde as pessoas davam a sua primeira filha mulher, se era mulher, ao convento, para ganhar um dote, para obter um titulo, e era total este claustro que tinha três portas, uma de madeira, uma de vidro e outra de metal. Então, as meninas eram deixadas a partir dos 15 anos e não as via nunca mais. Se falavam com elas, era apenas vendo a boca e ouvindo a voz e nada mais. Atualmente é um museu e mostra toda a historia vivida de Potosi em tempo de reinado.
Posso comentar também do convento de São Francisco que é também onde as famílias entregavam o primeiro filho homem como sacerdote para obter um dote ou para pertencer  à alta sociedade de antigamente.
Também posso comentar de minha terra, Tarija, que é um vale, onde produz a uva. É muito tranqüila, muito charmosa pelo clima e pelas pessoas que têm. Produz uva e todo tipo de hortaliças.
Posso contar de La Paz. La Paz é uma cidade muito agitada que parece São Paulo, mas tem um lugar charmoso que parece um paraíso que se chama Los Yungas. Los Yungas está onde se produz a coca, perto de onde existem as minas de ouro e uma selva tão grande que parece Brasil. Uma selva que vem desde o Mato Grosso. É um país enorme e graças a deus eu tive a oportunidade de viajar bastante e conhecer meu próprio país e também conhecer outros países como o Chile, a Argentina e agora o Brasil. E não me vou do Brasil ate conhecer sua história, suas lendas, sua história política e a história dos grandes empresários, que já escutei um esta manhã e gostei muito.
Bem, quero mandar um saludo a meus irmãos bolivianos, e dizer-lhes que, irmãos bolivianos, se vocês decidem sair do seu país, não tenham medo. Pisem firme, estejam seguros de vocês mesmos, de onde pisam, para onde vão e como falam, que tudo vai ir bem.
Custa estar em outro país, custa ambientar-se. Mas graças a deus nós bolivianos trabalhamos muito e podemos entender a maioria das línguas do mundo.
Deus nos deu muita riqueza da terra, e nos deu muita sabedoria. Então irmãos bolivianos, onde se encontrem, lutem forte e triunfem,  façam o que nunca tenham feito, cumpram seus sonhos, nem que seja por um dia, mas cumpram, como eu o estou fazendo agora.

Feira da Kantuta
domingo, 17-07-2011
09h 45 min

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